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Audiovisual

É fundamental compreender a importância do som no audiovisual. Nos vídeos, a qualidade do áudio é tão importante quanto a qualidade da imagem. Além de mostrar profissionalismo, os sons em uma produção audiovisual têm um grande poder narrativo, ou seja, de ajudar a contar a história.

Isso significa que, muito mais do que apenas representar a voz de alguém que fala ou os barulhos emitidos por qualquer elemento mostrado na tela (além das músicas da trilha sonora), o som pode servir como elemento para reforçar um sentimento, dar mais fluidez a um vídeo, e ajudar o público a compreender melhor o que ele assiste.

Pensando nisso, confira alguns exemplos de como o som pode contribuir para a qualidade dos vídeos e filmes:

1- A seleção dos sons mais importantes

O conceito de seletividade é fundamental na produção audiovisual. Quando duas pessoas conversam em um restaurante ou uma danceteria, é comum que a gente escute apenas a conversa dos personagens, com os sons do ambiente anulados ou muito baixos. Algumas produções, no entanto, podem fazer o oposto e deixar o som ambiente em evidência para colocar o espectador naquele local. É por isso que muitos filmes optam por dublar os atores em um estúdio em vez de captar o som direto para garantir que os diálogos serão compreendidos.

Esse processo de selecionar o som mais importante faz toda a diferença ao mostrar ao público o que ele deve escutar. É por meio dele que um determinado filme pode dar ênfase à fala dos personagens, mas cortá-las repentinamente para mostrar o som de um copo se quebrando a fim de assustar o espectador, por exemplo.

2- A escolha dos sons do ambiente e dos objetos

Imagine a cena de uma pessoa andando em uma grande cidade. Se o objetivo do vídeo é evidenciar que a cidade é grande, movimentada e caótica, o vídeo vai precisar ter sons de carros, buzinas, gritos, motores, etc. Esses sons podem ser gravados no local ou inseridos posteriormente.

Por outro lado, imagine a cena de uma pessoa andando por uma casa e se sentando no sofá: é quase impossível gravar sons “baixos”, como das roupas se movimentando e do sofá se afundando, mas se a imagem for exibida sem esse tipo de barulho, a cena pode parecer estranha ao espectador. O nome desse tipo de som é conhecido por “foley”, e muitos produtores gravam esses ruídos e os inserem depois, especialmente se o objetivo for mergulhar o espectador naquele ambiente (e muitas vezes eles são sutis a ponto de nem nos darmos conta deles de maneira consciente).

3- Trilha sonora

Imagine a cena de uma pessoa subindo as escadas de uma casa. Se essa imagem for acompanhada de uma trilha sonora tranquila ou alegre, você ficará apenas no aguardo de uma próxima cena em que o personagem vai a algum cômodo conversar com outro. No entanto, se a trilha sonora for de suspense e muito intensa, você ficará na tensão à espera de que a pessoa subindo a escada seja um criminoso, por exemplo.

O uso da trilha sonora incidental é fundamental para transmitir os sentimentos de uma imagem. Se quiser fazer o teste, toque uma música animada ao assistir um filme de terror ou suspense no mudo: você vai perceber que não vai sentir medo nenhum.

4- Adiantar ou atrasar o áudio em relação à cena

A entrada dos sons de uma determinada cena pode vir antes ou depois do corte na imagem. Essa decisão é tomada quando um diretor quer deixar o filme mais fluido ou acelerado. Com isso, é comum ver uma cena em que uma pessoa está em uma casa, o espectador começa a ouvir o som de uma música, e só depois é feito o corte para um ambiente com uma banda tocando (o nome dessa técnica é J-Cut). O contrário também pode ocorrer: mesmo após o corte de um ambiente interno para a imagem aérea de uma cidade, por exemplo, você continua ouvindo o diálogo dos personagens (nesse caso, o nome técnico é L-Cut).

Esse tipo de escolha mostra a importância do som não apenas para o ritmo de um vídeo, mas também para fazer um comentário narrativo. Pode ser que, ao cortar uma cena e manter o diálogo, você queira ilustrar o conteúdo do que é falado. Pode ser que, ao inserir a música antes de fazer o corte na imagem, o objetivo seja reforçar uma característica do personagem.

5- Criar perspectiva no som

Uma técnica que não era possível nos primórdios do cinema e do audiovisual hoje encontra sentido devido às salas de cinema com som surround e aos home theaters nas casas.

A importância do som em mergulhar o espectador na história é possível quando determinado ruído ou diálogo surge de um único lado, por exemplo. Afinal, se o protagonista ouve um chamado vindo da direita, faz sentido que nós o escutemos apenas nas caixas de som do mesmo lado. O mesmo pode ser feito em elementos sonoros cujo volume abaixa ou aumenta conforme a história que é contada, como no momento em que personagens vão para os fundos de um cenário e o som acompanha a mesma perspectiva. Nos filmes, podemos encontrar os mais variados exemplos que reforçam a importância do som.

Quem se especializa na produção audiovisual sabe usar a técnica necessária conforme o objetivo de cada produção. Entre em contato com a 42 Filmes!

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