Não é preciso ser um grande entendedor de audiovisual para saber que a iluminação é um fator fundamental na qualidade do vídeo. Assim como ninguém quer assistir a uma cena escura, ninguém deseja ver imagens claras demais ou que incomodem a vista com tanto brilho.
Quando o assunto é iluminação de vídeo, precisamos entender que existe todo um departamento apenas voltado a isso nas produções mais complexas (como filmes e grande peças publicitárias): o departamento de fotografia. Em inglês, o termo usado é “cinematography”.
Além do fator da luz propriamente dita, existem diferentes lentes e câmeras que captam a luz de maneira única – além de permitirem visualizar campos mais fechados ou abertos, cenas com mais ou menos foco, a depender do objetivo de cada produção.
Se o seu objetivo é ter uma visão mais completa dos vídeos de sua marca ou empresa, confira três fatores importantes sobre iluminação de vídeo.
Nem sempre a luz natural é a melhor amiga
A luz do sol pode ser a melhor amiga ou a maior inimiga da produção de um filme. Afinal, nada ilumina melhor que a estrela do nosso sistema, mas tem um pequeno detalhe: nosso planeta está em constante movimento. Por isso, se você começa uma gravação às 15h, é possível que diversas tomadas sejam feitas até alcançar o melhor resultado. Até lá, o sol terá mudado sua incidência, e o resultado das cores será diferente.
É por isso que existem algumas soluções que driblam as mudanças do sol. Uma opção, a depender do tipo de filmagem, é contar com rebatedores para distribuir melhor a luz. Outra opção, sempre mais segura, é gravar em um estúdio, utilizando luzes artificiais e mais controladas. As escolhas dependem sempre do tipo de projeto, do tempo de gravação e do orçamento.
Manipular a luz é tão importante quanto emitir
Já citamos os rebatedores, certo? Além deles, existem alguns equipamentos muito importantes, como o difusor (que deixa a luz “dura” marcando menos as sombras), o softbox (que permite uma luz suave e difusa), e o Fresnel (antigo modelo de iluminação usado até hoje que conta com “abas” que ajustam a força da luz emitida pela lâmpada).
Além disso, existem inúmeras medidas que podem ser tomadas na pós-produção. No processo de editar e finalizar o vídeo, é possível corrigir algumas cores ou amenizar alguns problemas. É claro que um vídeo mal iluminado não poderá ficar perfeito (já que a “pós” não faz milagre), mas há possibilidades de correção.
As artes plásticas são importantes para o estudo da luz
Quem estuda fotografia de forma aprofundada, em algum momento, vai precisar olhar para obras clássicas das artes plásticas. Afinal, os grandes artistas da pintura fizeram estudos minuciosos sobre a incidência das luzes e as sombras causadas por elas. Sem contar que o sentimento transmitido pelas pinturas ajuda a entender como um vídeo pode passar diferentes sensações com diferentes usos da luz.
Na obra “Las Meninas”, de Diego Velázquez, existem duas fontes de luz: uma janela ao lado dos personagens em primeiro plano, e uma porta ao fundo. O artista espanhol projeta sombras nos cantos e obriga o público a olhar à porta no fundo da tela, levando-o a ver o espelho onde estão o rei e a rainha, que são os personagens fora de quadro sendo pintados pelo artista. Repare que a luz no espelho também vem do mesmo lado da janela, evidenciando que o espelho reflete o casal, e não o quadro sendo criado (embora isso seja um debate entre especialistas até hoje).
Enquanto isso, um dos melhores pintores a lidar com a luz artificial é Rembrandt. O pintor holandês, na obra “A Lição de Anatomia do Dr. Tulp”, utiliza a técnica chiaroscuro (criada por Caravaggio décadas antes), que consiste em escurecer as cores para mostrar as sombras e a falta de luz. Note como a imagem deixa evidente que a fonte de luz é interna (de velas), e por isso deixa o ambiente mais “quente”. Repare que a fonte de luz única deixa sempre um tom dramático na imagem – o que também ocorre nos vídeos.
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