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Curiosidades

A produção audiovisual é repleta de termos técnicos. Já falamos sobre muitos deles, mas um merece certa atenção. Trata-se do foley, também conhecido como sonoplastia. O termo é famoso porque está presente em filmes de grande porte e costuma ser divertido de se mostrar em produções de “making of”, mas está presente em diversas outras produções.

Por isso, separamos algumas informações curiosas e importantes sobre o foley, para que possamos entender melhor o processo de produção de vídeos.

A origem do nome e a importância narrativa

O termo “foley” vem do sobrenome do artista de efeitos sonoros Jack Donovan Foley, que foi pioneiro na criação de sons para o cinema. Ele esteve em filmes como Boêmios (Show Boat), de 1929, o clássico Drácula de 1931, além do famoso Spartacus, de 1960, último filme do qual participou.

Os sons têm uma importância muito grande na narrativa. Quando se cria um universo novo na tela, o espectador deverá mergulhar o máximo possível naquela história, e isso só é possível se os sons fizerem parte dela. Afinal, nosso mundo é feito de sons dos mais variados: dos pássaros cantando lá fora até os passos das pessoas no chão, passando pelo tilintar dos teclados de computador ou de talheres em um restaurante.

Assim sendo, o som de foley (e de outros tipos que veremos mais abaixo) é fundamental para tornar a experiência de um vídeo mais realista. Além disso, os sons também ajudam a contar uma história! Por exemplo: imagine um filme sobre uma pessoa vivendo em uma casa com goteiras. O som da goteira de água pode ajudar o público a sentir a mesma irritação do personagem com o problema, ou então estranhar e ficar com medo quando o som de goteira parar (se for um filme de terror).

Em um vídeo institucional ou de publicidade, podemos ter o som de teclado de computador no momento de um letreiro, por exemplo, para chamar atenção do público.

Como os sons são feitos, e outros termos técnicos

Então, como são produzidos os sons de foley? No vídeo abaixo (em inglês), temos alguns exemplos de sons sendo criados, como a capa do Super-Homem, sapatos pisando o chão e pratos de bateria. Você verá que são usados os mais diversos itens para gravar os sons: desde os mais diferentes e impensáveis até os objetos óbvios, como os sapatos de fato pisando em diferentes tipos de solo.

Em produções que não contam com estes artistas, é possível utilizar os mais variados bancos de som, como o da BBC, famoso por disponibilizar faixas de áudio gratuitas que vão de áreas externas de aeroportos a aparelhos de dentista e pássaros.

Em alguns casos, técnicos e especialistas podem argumentar que o foley (sonoplastia) se faz a partir da gravação de sons com objetos reais, e que a partir do momento em que o som passa por algum tipo de edição no computador, ele passa a ter o nome de “sound design” ou “desenho de som” – muito usados em filmes de ficção científica com sons armas, robôs e outras criações muito distantes do nosso mundo. De qualquer forma, independente do termo correto, trata-se da criação de sons que tornem a produção audiovisual mais assertiva.

Por fim, é importante citar outros dois termos que fazem parte da produção de muitas obras audiovisuais, especialmente filmes. O primeiro é o Som Direto, que é o oposto do foley: é o som gravado diretamente no momento da gravação, e que pode ser usado inteiramente, ou ser mixado com os sons de foley, por exemplo.

Além do Som Direto, outra técnica que se associa ao foley em muitas produções é o ADR, sigla em inglês que significa Automated Dialogue Replacement, e que consiste no processo de levar os atores para regravarem os diálogos em estúdio, substituindo a fala deles com “sujeiras” que foram gravadas no momento, para áudios mais “limpos” e até mesmo com momentos dramáticos diferentes do que os atores fizeram na gravação, por exemplo.

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